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Viagem inaugural de nosso trailer KC-380. Saimos de Teresópolis com uma temperatura de 9 graus, com tudo dentro do esperado, exceto o inversor que não permaneceu ligado (acredito ser deficiência do disjuntor), já que havia sido testado com sucesso na véspera. Portanto, geladeira desligada até a próxima fonte de energia.
Subimos e descemos a serra entre Tere e Itaipava, para encontrar com nossos companheiros de viagem Ronaldo e Vania, que puxavam um KC-330. Seguimos em direção a Via Dutra, cortanto por dentro de Volta Redonda, como forma de evitar a saída do Rio de Janeiro.
Decidimos fazer uma parada no CCB (SP-01) do Clube dos 500 em Guaratinguetá, para além de conhecer o lugar, descansar antes de pegar a serra para Campos do Jordão. Veículos estacionados, água e luz OK.
O CCB do Clube dos 500 me pareceu uma estrutura de passagem, já que fica ao lado da Via Dutra, exposto ao barulho do tráfego intenso da rodovia, dia e noite. Contudo, as instalações são boas, com restaurante, bar, piscina, quadras de esporte, boa área para campismo com água e luz, banheiros limpos, água quente e abastecidos. Ótima opção para uma escala de descanso ou manutenção. Tarifas e mapa no link acima.
Atenção: Se estiver rodando no sentido RJ>SP, siga mais 4 km e faça o retorno no trevo de Guaratinguetá. A passagem sob o túnel quase em frente ao CCB é muito baixa e estreita. Meu KC-380 não passava.
Noite fria e chuvosa. Amanhecer frio e chuvoso. Levantamos acampamento e seguimos para Campos de Jordão.
O conjunto carro/trailer (TR-4/KC380) se comportou muito bem. Na serra para Campos de Jordão, em razão da forte neblina e chuva, não foi possível manter uma rotação adequada, o que me levou a fazer alguns trechos em segunda marcha.
Fomos recepcionados pelo frio na chegada a cidade. Para chegar ao CCB (SP-02), foi necessário atravessá-la de ponta a ponta, pegando o caminho do Horto Florestal. Não vimos uma placa sequer informando a aproximação ou direção do camping. Sabiamos que era próximo ao km 6 da estrada do Horto. Chegamos a passar da entrada, bem escondida. A única referência vista foi a coluna branca com a logomarca do CCB, espremida atrás de algumas árvores. A foto aérea é de baixa qualidade (Google Earth). As coordenadas são S22º41´42.1” e W045º31´13.7”.
Este camping merece mais atenção do CCB. O piso da área destinada aos trailers e moto-homes estava muito encharcada. As saídas de água vazando, banheiro sem água quente. Para tomar banho era necessário subir até o banheiro da área de barracas, ladeira acima (embaixo de chuva num piso encharcado foi bastante desagradável). O bar com uma daquelas terríveis máquinas de música, TV e uma mesa de sinuca serve refeições previamente acertadas.
Estabelecemos um acampamento de forma a cobrir a área de acesso dos trailers com uma lona e mais tarde fechar com as laterais. O frio esperado era de arrasar nesta semana.
Todos bem agasalhados, vinho, papo e planejamento de passeios para os dias seguintes. O gato Fredy já encontrou seu jeito de afastar o frio.
Iniciamos o dia seguinte com uma visita a fábrica de chocolates Araucária.
Lá tomamos contato com a história do cacau e seus desdobramentos, visitamos as instalações de produção e terminamos na loja de delícias. Mais detalhes no link da Fábrica.
Dali seguimos para a Fazenda Lenz Gourmet. Um lugar especial, com um mirante panorâmico, de onde é possível ver todo o Vale do Lageado. Neste dia a neblina e a chuva, estavam tão intensas que foram raros os instantes de visibilidade no mirante. Independente do clima, não nos furtamos a fazer a trilha da cachoeira e do mirante.
Para ver este mapa em alta, clique aqui.
A lojinha conta com ótimas opções de compotas, geléias, temperos, o famoso bolo inglês e chocolates produzidos no local. O bar oferece diversos drinks, vinhos e cervejas num ambiente climatizado e muito agradável. A fazenda oferece muitas atividades para crianças.
Cumpridas as formalidades gastronômicas, fomos para nosso terceiro objetivo do dia:
Conhecer os Jardins que Falam – Amantikir. A lenda por trás do nome Amantkir é muito bonita. Perca um pouco de seu tempo para conhece-la, antes de visitar os jardins.
Para ver este mapa em alta, clique aqui
A totalidade das fotos podem ser vistas no link do album completo da viagem, no fim deste post.
Encerramos o dia de passeios. Retornamos ao camping para o almoço ajantarado e preparar o dia seguinte, já que as perspectivas de melhora de tempo eram boas. O frio nesta noite chegou aos 3 graus positivos.
Iniciamos o dia com o café da manhã comunitário dos 2 trailers. O frio tá sério. Pelo menos o dia amanheceu sem chuva. Vamos então partir para atividades ao ar livre.
Seguimos para o Borboletário, também chamado de “Flores que Voam”. A beleza do lugar são as borboletas que, confinadas numa área de visitação, voam por sobre os visitantes. Entretanto, as borboletas precisam de luz do sol para captar energia e então voar. Em dias nublados ou chuvosos, é certo que nada vai acontecer.
O ingresso para nada ver é de R$25,00 por pessoa. A responsável pelo projeto no dia, nos alertou para o fato de que não veriamos o que viemos buscar. Mas que muito gentilmente nos daria uma cortesia para num futuro incerto, podermos retornar sem pagar nova taxa. Sem comentários. Deixamos o lugar, assim como outros grupos.
Curiosos com relação a tirolesa de 800 metros subimos mais um pouco até oRancho Santo Antônio. De fato a tirolesa tinha mesmo os 800 metros prometidos, como também mais 250 metros na segunda seção. Arriba então. R$ 60,00 por pessoa, que julgamos muito bem pago.
Devidamente equipados, seguimos morro acima por uns 15 minutos, até atingir a base de lançamento da primeira tirolesa (800m). Ao fim dela, pegamos a base de lançamento da tirolesa menor(250m). Esta segunda, com menos percurso, mas com ótimas ondulações.
O pessoal técnico foi muito profissional. Nada a anotar com relação aos procedimentos de segurança.
Aproveitando que o dia estava firme, com momentos de sol inclusive, seguimos em direção ao Parque Estadual Horto Florestal.
Criado em 1941, possui 8,3 mil hectares de área preservada. Escolhemos fazer a Trilha da Cachoeira (4500 metros) de nível leve. A modesta cachoeira, de nome Galharda não empolga, mas a trilha decorada por araucárias centenárias, por si só, já vale o passeio.
Passada em muito a hora do almoço, decidimos experimentar uma indicação. O restaurante Pesquinha, no Mercado Municipal. Excelentes pratos com Truta, nos mais diversos molhos e opções, muito bem servidos e ao custo de R$ 18,00. Tudo de bom.
Retornamos ao camping para as funções de higiene antes que o frio da noite virasse argumento muito forte.
Pedra do Baú. Este dia reservamos para subir a Pedra do Baú, localizada no Município de São Bento do Sapucaí. Formação rochosa que se destaca na Serra da Mantiqueira, com 350 metros de altura e 1950m de altitude. Do topo avista-se o vale do Paiol e a serra que divide São Paulo e Minas. De carro chegamos a base operacional, de onde inicia a trilha de aproximação com +- 1 hora de duração. A trilha estava ainda muito encharcada das recentes chuvas.
Escolhemos subir pela face Sul, a direita na bifurcação da trilha. Devidamente equipados (cadeirinha, 2 fitas solteiras, mosquetões e capacetes), fizemos a ascenção sem problemas, mantendo sempre uma fita clipada nas escadas.
Observamos varias pessoas subindo sem q.q. recurso ou proteção, incluindo-se aí pessoas de idade que nos pareceram quase que aterrorizadas pela possibilidade de uma queda. Piso molhado, escadas escorregadias e sujas pelo movimento de sobe e desce aumentam o grau de dificuldade. Se algo sair errado, pode ser fatal. Não caberia aí uma fiscalização? Enfim…
No vídeo abaixo, uma boa idéia do ambiente de subida e sua dinâmica, com bons cliques do cume.
Depois de uma atividade bem intensa (5 horas ida e volta), retornamos ao camping para um bom banho. Pegamos nossos amigos e seguimos para o centro de Campos de Jordão para circular na última noite do Festival de Inverno. Muita pompa e circunstância, muita gente e frio, tudo lotado.
Esta madrugada chegamos a marca de 8 graus negativos. O camping do CCB fica praticamente dentro do Horto Florestal.
O gelo estava presente em todo lugar, cedo pela manhã. Iniciamos o desmonte do acampamento para retomar a estrada, de volta para Teresópolis. Nosso TR-4 foi muito útil, rebocando e desatolando a galera do diesel, que de tão congelado não partia.
Pesquisa: em nossas pesquisas antes da viagem, consultamos varias fontes, dentre elas a revista Cidade&Cultura, edição Campos do Jordão, a Revista Encantos e Sabores edição Campos de Jordão & Cia e o site bem completo voltado ao turista www.emcamposdojordao.com.br.
Este foi o mapa que usamos para decidir onde ir e como chegar, com os principais grupos de passeios. Para obter este mapa em alta, clique neste link.
Para obter as coordenadas geográficas dos principais pontos da viagem, clique aqui para o download do arquivo .kmz (google earth)
O album com todas as fotos da viagem veja aqui no Picasa.